O senador César Borges (PR-BA) leu ontem (30), no plenário do Senado, carta-denúncia da ADEMI (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia), assinada pelo presidente Nilson Sarti, relatando que a entidade sofre chantagem e ameaças para aceitar acordo que liberaria as obras na Paralela e Orla Marítima em troca de dinheiro. O dirigente exime IBAMA, IMA, Ministério Público Federal e Estadual da trama, mas diz que os autores “apresentam-se, levianamente, como donos e senhores de ação popular e ação civil pública” e “com ascendência” sobre estas entidades.
Segundo César Borges, o assunto está relacionado aos questionamentos das licenças ambientais concedidas pela prefeitura de Salvador para construções imobiliárias na Avenida Paralela e na Orla Marítima
De acordo com a carta, “um grupo de pessoas ter-se-ia associado com o objetivo de perpetrar a prática de chantagem” e que “o que esse grupo pretende lograr, na verdade, são ganhos financeiros ao pressionar de maneira insidiosa empreendedores a um acordo informal, sem qualquer respaldo legal”. O texto diz que “os autores dessa maquinação passaram a buscar interlocutores visando propor à ADEMI e a seus associados acordo com a participação de todos os interessados, inclusive do MPF e MPE, com vistas à solução de pendências judiciais que foram objeto de análise, inclusive pelo egrégio Supremo Tribunal Federal”.
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